Princesas do Mar

Muita gente não sabe, mas aquele desenho fofíssimo que passa no Discovery Kids com a Tubarina, a Ester e a Polvina é criação de, olha só, um brasileiro! “Princesas do Mar” é uma franquia de autoria do Fábio Yabu que se iniciou com livros e que mais tarde se transformou em desenho animado. O programa hoje é transmitido em 50 países e é sucesso de público, sendo que o canal  já renovou o contrato para a 2° temporada aqui no Brasil.

Só o fato de ser uma animação originalmente brasileira já torna “Princesas do Mar” hiper-legal e enche nossos corações de orgulho e patriotismo. Mas não é só isso que me levou a fazer esses post aqui, que encherá o blog de rosa e graciosidades, em contraste com cabeças decepadas (?).  O meu maior estímulo é saber que o desenho das princesinhas com toucas engraçadas é de alta qualidade e muito divertido. Você se apaixona pelos personagens rapidamente, os episódios são curtos e cheios de ação, diferentes de outras atrações infantis estilo “De novo! De novo!”, e o mundo criado é dinâmico e esteticamente muito bonito. E dá pra rir sinceramente com os diálogos e situações das personagens.

O desenho é, com certeza, direcionado para as meninas, mas não é desagradável aos machões por apresentar episódios com idéias bem universais, e não particular somente ao público feminino.  E para finalizar minha sequência de elogios, tenho que dizer que as lições de moral escondidas no desenho não são forçadas e o tornam genuinamente um desenho para crianças. E isso é um elogio, quando se trata de um desenho para crianças.

Aqui um vídeo com um teaser do desenho. Foi o melhor que eu encontrei e, infelizmente, está em inglês (mas com legendas)

Eu sou assumidamente apaixonada por desenhos animados, inclusive os mais infantis. Assistir “Princesas do Mar” na hora do almoço para atender a vontade dos adultos mirins da casa pra mim não é esforço nenhum.  Melhor que qualquer jornal regional (se bem que estes também tem um Q humorístico bem atraente).  Lindo desenho, recomendo até para quem já passou da idade.

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– A mente por trás do “Princesas do Mar” tem um blog (e quem não tem, né?) muito legal. Confira aqui.

– Uma propagandazinha dos livros aqui. O Natal tá chegando, e esta é uma boa sugestão de presentes.

– Falando em propaganda, este não é um post pago. Antes fosse, porque dinheiro é bom e eu gosto =D

by Lalá @LalaAlbu

Fall Season

Estamos em setembro, um dos meses mais emocionantes para os admiradores de séries.  Isso porque começou há alguns dias atrás o fall season na TV estadunidense, o que significa novidades na programação de todos os canais, com séries inéditas e estréias de novas temporadas. Esse é o momento então para começar a prestar atenção no que ta chegando de bom, em qual programa foi cancelado ou qual já não vale mais a pena acompanhar.

Nesse ano ocorreu uma mudança muito legal quanto aos canais brasileiros, que perceberam que a velocidade da comunicação já não condiz com o atraso de 3 meses de exibição dos episódios com relação  à exibição nos EUA. A TV a cabo perdia com isso audiência para a Internet, pois  todo mundo sabe que série-maníaco é pra lá de impaciente e ansioso. Então, para o bem geral da nação, alguns canais pagos passam a exibir os episódios com poucas semanas de atraso em relação ao pessoal lá no norte. Outra coisa é que canais abertos, em especial o SBT, estão percebendo a potencialidade das atrações da televisão estrangeira e estão comprando séries renomadas (e outras nem tanto) e colocando-as em um horário acessível e não às 3 horas da manhã. Só resta descobrir com o tempo se essa inovação vai ser bem aproveitada pelas emissoras e pelo público.

Com a grande variedade de séries existentes no mercado e mais esse tanto que ta chegando por agora é quase que impossível que alguém consiga acompanhar todas as séries que queria. Organizar seu tempo e se informar antes de se aventurar no mundo da TV é uma forma de possuir um rol de séries bem montado.

by Lalá

Eu Assisto Reality Shows

Esse post não vai ser sobre A Fazenda, ou Big Brother, ou sobre a manipulação das emissoras em ambos, e nem sobre a eterna luta entre os pseudo-intelectuais que atacam a estupidez dos realities e as pessoas que assistem Sônia Abrão só pra saber o passado oculto do Max e tudo sobre o seu rompimento com a Francine. E no meio disso tudo o Bial usando citações filosóficas que ninguém entende e o Britto Júnior falando sobre… Ih, não presto atenção quando ele fala.

Acontece que a indústria hollywoodiana, esperta do jeito que é, já introduziu no mercado diversas novos modelos de “espetáculos da realidade” que vão além do confinamento de sub-celebridades e/ou futuras sub-celebridades.

Temos realites do tipo acompanhamento. Estes são os que acompanham o dia a dia normal de pessoas, como uma família de anões (Big World), uma família de rockeiros (The Osbournes e Gene Simmons Family Jewels), de uma família numerosas (+12), de uma “família” na mansão playboy (Girls of The Playboy Mansion). Ou ainda a vida em um ambiente de trabalho, como um estúdio de tatuadores (Miami Ink) e um estúdio de designers de motos (American Chopper). Esse termo, “designers de motos”, foi o único que me veio à cabeça, mas ta valendo. E os protagonistas de American Chopper são pai e filho, então ainda tem um Q de drama familiar misturado com motociclismo. É, eu sei. Eles inventam cada uma, né?

"Somos designers"

Em outra categoria, temos os realities de transformação, nos quais uma pessoa tem sua casa/comportamento dos filhos/corpo/guarda roupa/estilo/parentes/carro e etc mudados pela equipe do programa. Aí entram o pessoal de  Extreme Makeover, Troca de Família,  Supernanny, Esquadrão da Moda e os gays de Queer Eye For The Straight Guy… Além das versões nacionais de alguns desses programas, alguns quadros também vão atrás dessa tendência, como Lata Velha, do Caldeirão do Hulk, e Construindo um Sonho, do Domingo Legal.

Não adianta bancar o machão. Nós vamos te fazer chorar.

Por fim, o tipo de programa que eu mais gosto, o de competição. Os participantes competem pra ver quem chega primeiro (The Amazing Race),  quem perde mais peso (The Big Loser), quem é melhor profissional (O Aprendiz), quem é o melhor estilista (Project Runway), a melhor pretendente (The Bachelor), o melhor lutardor (O Desafiante), o melhor tosador (Cãobelereiros), a melhor modelo (America’s Next Top Model), o melhor cantor (American Idol), o melhor cozinheiro (Top Chef), o melhor designer (Top Designer)… Ser o melhor, simples assim.

"You wanna be on top?"

E tem vários outros. Vários mesmos. Pelo visto o negócio tá dando audiência e dinheiro. Mas além das emissoras, canais e anunciantes, sabe quem lucra com essa variedade? Você. E eu. E todas as pessoas interessadas no estudo do comportamento humano (cof,cof).

Acontece que estes programas, com exceções e particularidades, são entretenimento puro e simples, que te dá prazer de assistir, que vai do cômico ao trágico. E no final, eu garanto, muitas dessas atrações são extremamente interessantes e de qualidade. É legal assistir como os participantes fazem um vestido de gala com pedaços de pano escolhidos aleatoriamente, como eles criam um flambé em apenas 10 minutos, como é tenso uma entrevista de emprego, como pessoas comuns superam adversidades, como as aspirantes de modelos surtam quando tem que cortar o cabelo curto… E de brinde você ainda vai ver escândalos, choros, ambição, coragem, garra, brigas, acidentes, reconciliações, bate boca, trapaça e inveja. Diversão pura.

Não ta mesmo interessado? Ok, desligue a TV e vá ler um livro.

"Você está... demitido!"

by Lalá

Tira e Posta 8

“Tira do Séries” foi uma série de tirinhas feita pelo Bruno Tapajós para o finado site  Séries Etc. As tirinhas falam, que surpresa, sobre séries. E vou parar minha introdução por aqui antes que eu fale “série” mais uma vez.

OBS: Clique na imagem para ampliar

Talk Nerdy To Me

The Big Bang Theory acabou de entrar para minha lista de séries favoritas. Depois que acabou Friends, e isso já faz um tempo, eu estava órfã de uma sitcom que realmente valesse a pena acompanhar. Eis que surge essa tímida série sobre um grupo de amigos nerds e sua convivência, entre si e com a vizinha bonita do prédio.

Mas a série não é forçada, não cai naquele clichê de caras fracassados no amor e na profissão, viciados em RPG, que se alimentam basicamente de frango frito e sorvete, e então chega a gostosa da porta da frente e lhes abre os olhos para a vida e para as possibilidades. O quarteto Leonard, Sheldon, Raj, e Wollowitz são bem-sucedidos e felizes do jeito que são, passando as noites de sexta jogando Halo e as tardes de sábado, Paintball. Nenhum deles parece aquele tipo de sujeito que entraria em uma escola atirando em todo mundo.

Eles têm dificuldade com relacionamentos, fato. Raj não fala com mulheres e, segundo ele, nem com homens afeminados. Wollowitz é cheio de cantadas fajutas e técnicas de sedução típicas um tanto atípicas. Tão atípicas que não funcionam. Leonard tenta, tenta, mas também não consegue entender o sexo oposto. Então resta Sheldon, que segundo teoria dos próprios amigos, se reproduzirá um dia por mitose.

A outra personagem principal, Penny, exerce o papel do típico americano. É bonita, quer ser cantora/atriz, etc etc, mas o programa não é apelativo quanto a sua estética e função. Os nossos queridos nerds não ficam atrás dela implorando por atenção. Em muitos episódios inclusive, sua participação não é relevante, e a personagem nos conquista por seu carisma e pelas engraçadas cenas que a interação entre o mundo dela e o mundo dos rapazes rende.

A equipe de atores também funciona. Cada um é impagável em seu papel, e sabem explorar a riqueza de seus personagens bem definidos. Mas o que se destaca é o Sheldon, o super-gênio neurótico, incapaz de entender sarcasmo. Ele é metódico, chega até ser irritante, e tem umas observações brilhantes sobre tudo que lhe incomoda. E tudo lhe incomoda. É hilário como ele complica as coisas relacionadas à convenções sociais e ao cotidiano, e como ele é arrogante (afinal, ele pode) em relação a sua inteligência avantajada.

Outra coisa legal do seriado é que seu humor não se baseia em referências pop como em Will&Grace, mas sim no universo Geek. Quadrinhos, super-heróis, genética, Guerra Nas Estrelas, Guitar Hero, Facebook, Star Trek, física quântica e outros são temas constantes das discussões entre eles.  As já clássicas conversas na cantina da Universidade que eles trabalham e nos jantares no sofá comendo comida tailandesa são bem elaboradas e as piadas inteligentes saem naturalmente.

Enfim, TBBT tem suas falhas e estereótipos, mas inova em muitas coisas. Apesar do próprio canal não entender muito bem do que se trata um série nerd, é só olhar as sinopses no site oficial para entender do que eu estou falando, os roteiristas sabem o que tão fazendo e lidam bem com esse cenário. Se você não conhece e é aficionado por séries, devia dar uma conferida. Se você conhece, talvez pudesse me explicar porque todos eles usam blusa de frio em Los Angeles e por que o Leonard fala com a cabeça inclinada pra cima, olhando pra baixo. Ou só eu me incomodo com isso?

posted by Lalá